Por Jéssica Ferreira Rodrigues (jessica.rodrigues@ifmg.edu.br)

Os queijos Minas Artesanais são muito apreciados pelos consumidores, e apresentam relevante importância social, econômica e significado cultural no Brasil.

No mercado, podemos encontrar queijos com diferentes perfis sensoriais e observar que o sabor e a textura de um mesmo queijo se altera ao longo de seu armazenamento e processo de maturação.

Você sabia que um dos fatores influentes nessas alterações consiste na embalagem em que o produto é acondicionado?

Foi o que o estudo realizado por pesquisadores e alunos do IFMG - Campus Bambuí demonstrou (https://doi.org/10.1016/j.fpsl.2021.100673).

Neste estudo, queijos Canastra com 14 dias de maturação, produzidos por um mesmo produtor e mesmo lote, foram embalados em embalagens a vácuo, redinha (nylon), papel manteiga, papel filme (filme de pvc) e sem embalagem até 22 dias de maturação (Figura 1).

Figura 1 - Diferentes embalagens de queijo Canastra estudadas.

Ao avaliar o perfil sensorial do produto com consumidores de queijo Canastra, observou-se que as embalagens proporcionaram queijos com perfis de sabor e textura diferentes, afetando a aceitação do consumidor.

O queijo com 14 dias de maturação e o queijo embalado com papel manteiga (com 22 dias de maturação) foram preferidos, seguidos dos queijos embalados a vácuo, com redinha, papel filme e sem embalagem (com 22 dias de maturação). Além disso, os pesquisadores notaram que características como sabor suave, ácido, manteiga, salgado, curado, aroma de fazenda, textura compacta e macia impulsionaram a aceitação dos queijos preferidos.

Os resultados deste estudo fornecem informações importantes para o queijo artesanal da Canastra, com foco na melhoria e conservação da qualidade do produto.

Vários outros estudos relacionados ao queijo Minas Artesanal da Canastra têm sido desenvolvidos no Campus de forma a contribuir para a qualidade e agregação de valor de toda cadeia produtiva.