Olá pessoal,

Hoje responderei uma pergunta, dentre muitas enviadas pela nossa estimada leitora Lara Soares, que quer saber: quanto tempo vive uma borboleta. 

Para responder, eu pedi auxílio do meu amigo Gabriel de Castro Jacques, que é professor de Zoologia do IFMG - Campus Bambuí.

Quanto tempo vive uma borboleta?

Por Gabriel de Castro Jacques (gabriel.jacques@ifmg.edu.br)

Esta não é uma pergunta tão simples de responder. Isto porque, em todo mundo, temos cerca de 20 mil espécies de borboletas. No Brasil encontramos mais de 3 mil espécies! E para cada espécie, há uma expectativa de vida diferente.

Para entendermos melhor o tempo de vida das borboletas, precisamos conhecer um pouco sobre seu ciclo de vida. As borboletas são ovíparas, ou seja, nascem a partir de um ovo. Deste ovo surge uma larva, que popularmente chamamos de lagarta. As lagartas, para crescerem, precisam trocar seu exoesqueleto, o que chamamos de muda ou ecdise. Cada espécie de borboleta tem um número de ecdises fixas, que só ocorrem na fase de lagarta. As lagartas, na sua grande maioria, são herbívoras e se alimentam das folhas das plantas.

Para virar uma borboleta, as lagartas passam por uma fase de grande mudança corporal, chamada de fase de pupa. Nesta fase, ela fica imóvel e sem se alimentar, se preparando para a metamorfose completa. Após esta fase, emerge uma linda borboleta, a fase adulta deste inseto, que passará a se alimentar de néctar das flores. É importante entender que na fase de borboleta, este inseto não cresce mais. Então, ao ver uma borboleta, você já está vendo ela em seu maior tamanho. As borboletas vivem o tempo suficiente para se reproduzirem e depois morrerem.

De maneira geral, o ciclo de vida das borboletas duram por volta de 2 meses, sendo de 2 a 4 semanas na fase adulta. A borboleta que possui o ciclo de vida mais longo é a Borboleta Monarca, que chega a viver até 9 meses. Outra curiosidade desta espécie de borboleta, é que ela realiza uma grande migração, de até 5 mil quilômetros! Milhares de borboletas monarcas migram do Canadá ou norte do Estados Unidos até o México, para fugirem do inverno rigoroso, e depois que as condições melhoram, elas retornam! Mas este é um papo para outro momento....